Quanto custa manter uma espingarda ou carabina legalmente?

Por Amigo Rico

16 de dezembro de 2024

Possuir uma arma de fogo legalmente no Brasil é um processo que exige planejamento e responsabilidade. Além de cumprir todos os requisitos legais para aquisição, quem opta por manter uma espingarda ou carabina deve considerar os custos recorrentes, que vão desde taxas governamentais até despesas com manutenção. Mas afinal, quanto custa manter tudo dentro da lei?

Antes de tudo, é importante lembrar que as despesas não se limitam ao preço da arma. Taxas de registro, aquisição de munições, transporte e treinamento entram na conta final. Além disso, há custos relacionados à renovação do registro e ao armazenamento seguro. Por isso, manter uma arma legalmente pode ser mais caro do que muitos imaginam à primeira vista.

Outro ponto importante a destacar é que as regulamentações para armas de fogo no Brasil são bastante rigorosas. Isso implica não apenas no controle durante a compra, mas também na fiscalização contínua. A manutenção adequada e o cumprimento das exigências são indispensáveis para evitar problemas legais.

Neste artigo, vamos detalhar os principais custos relacionados à posse legal de uma arma de fogo. Desde os custos de registro e documentação até os cuidados diários e despesas com equipamentos, tudo será abordado para você ter uma visão clara do que envolve essa responsabilidade.

 

Documentação e registros

O primeiro e mais essencial custo relacionado à posse de armas de fogo é o processo de documentação. Para adquirir e manter uma arma legalmente, é necessário cumprir uma série de etapas burocráticas. Isso inclui a obtenção do Certificado de Registro (CR), a aquisição do Guia de Tráfego (GT) e a realização de exames psicológicos e práticos exigidos pela legislação.

Essas etapas envolvem taxas que podem variar de acordo com o órgão responsável pela emissão. Além disso, a renovação do registro, geralmente a cada 10 anos, também é cobrada. É importante estar atento a esses prazos para evitar irregularidades que possam levar à apreensão da arma ou a sanções legais.

Um exemplo de arma que pode ser adquirida mediante esses processos é a clássica espingarda de dois canos. Este modelo é amplamente utilizado para caça e tiro esportivo, mas exige a mesma atenção legal que qualquer outra arma de fogo.

 

Treinamento e prática

Manter uma arma legalmente não se limita a regularizar a documentação. É necessário que o proprietário esteja apto a manuseá-la de forma responsável e segura. Para isso, investir em treinamentos regulares é indispensável, não apenas para desenvolver habilidade no uso, mas também para garantir que o proprietário esteja em conformidade com os requisitos legais.

Os cursos de tiro são os mais recomendados, com valores que podem variar dependendo da região e do centro de treinamento escolhido. Além disso, a prática frequente é fundamental, o que implica custos com munição e taxas de uso de estandes de tiro.

Entre as opções de carabinas, a Puma 357 se destaca como uma arma precisa e confiável para quem busca treinar regularmente. No entanto, é preciso levar em conta que a munição para carabinas pode ser mais cara em comparação às espingardas tradicionais.

 

Manutenção e armazenamento

Manter a arma em bom estado é mais uma despesa recorrente que o proprietário precisa considerar. Armas de fogo, como qualquer equipamento mecânico, exigem limpeza, lubrificação e, ocasionalmente, reparos. Esses cuidados são essenciais para garantir não apenas o funcionamento adequado, mas também a segurança durante o uso.

O armazenamento também é um fator importante. A legislação brasileira exige que as armas sejam guardadas em locais seguros, como cofres ou armários específicos. Investir em um equipamento de qualidade para esse fim é indispensável e, embora seja um custo inicial, vale lembrar que ele pode ser obrigatório durante fiscalizações.

Para modelos específicos, como a espingarda com tambor, a manutenção pode ser ainda mais exigente devido à complexidade do mecanismo. Portanto, considerar os custos de manutenção preventiva é algo que todo proprietário responsável deve fazer.

 

Detailed shot of a hand holding a smoking shotgun, highlighting the action and movement.

 

Munição e insumos

Outro custo significativo é o da munição, que pode variar bastante dependendo do tipo e calibre da arma. Para espingardas, a versatilidade é um ponto positivo, já que diferentes tipos de cartuchos podem ser utilizados, dependendo da finalidade. No entanto, cada tipo de munição tem seu preço, e o consumo durante os treinos ou uso frequente pode pesar no bolso.

No caso das carabinas, o custo da munição é mais estável, mas ainda assim deve ser levado em conta. Além disso, outros insumos, como óleos lubrificantes, alvos e acessórios, também entram na lista de despesas regulares.

A espingarda 36, por exemplo, é conhecida por sua compatibilidade com uma ampla gama de munições, o que pode ajudar a reduzir os custos dependendo da escolha do proprietário. Ainda assim, é importante pesquisar os preços e planejar o uso com cuidado.

 

Renovação e impostos

Por fim, é necessário considerar os custos relacionados à renovação do registro e aos impostos aplicáveis. Embora a periodicidade da renovação seja relativamente espaçada, o valor pode variar conforme mudanças na legislação. Além disso, o transporte da arma, que requer autorização especial, também pode gerar custos adicionais.

Além dessas taxas, muitos proprietários optam por contratar seguros para suas armas, principalmente no caso de modelos mais caros ou de colecionador. Essa é uma medida que oferece maior tranquilidade, mas adiciona mais uma despesa ao orçamento anual.

Armas de precisão, como a CBC 8022, frequentemente atraem atenção de colecionadores e exigem cuidados adicionais com documentação e transporte. Por isso, é fundamental incluir esses fatores no planejamento financeiro.

 

Conclusão

Manter uma espingarda ou carabina legalmente no Brasil envolve muito mais do que apenas adquirir a arma. São vários os custos e cuidados necessários para garantir que tudo esteja em conformidade com a lei. Desde taxas iniciais até despesas recorrentes, é essencial que o proprietário esteja preparado para assumir essa responsabilidade.

Na minha opinião, o investimento vale a pena para quem valoriza a prática do tiro esportivo ou utiliza a arma para finalidades específicas, como caça ou defesa rural. No entanto, é imprescindível fazer um planejamento financeiro detalhado antes de tomar essa decisão, evitando surpresas desagradáveis no futuro.

Por fim, lembre-se de que, além dos custos financeiros, há também a necessidade de comprometimento com o uso responsável e seguro da arma. Afinal, possuir uma arma de fogo é um direito que vem acompanhado de deveres. Planeje-se e, acima de tudo, esteja sempre atento às suas responsabilidades.

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